Exposição “ImProvável” (Personalidades no fim)

Museu Medeiros e Almeida · Lisboa
10 outubro a 9 novembro 2024
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A exposição individual de Evelyn Kahn, no Museu Medeiros e Almeida, composta por 41 fotografias foi a maior mostra do seu trabalho até à data.
A exposição, com a curadoria de Rita Lougaresassenta no diálogo entre imagens feitas em tempos e lugares diferentes que, de um modo inesperado, se harmonizam e complementam. Detalhes, texturas, formas, reflexos e cores entrelaçam-se, estabelecendo ligações improváveis entre diferentes mundos, criando uma tapeçaria visual, mágica e poderosa.

SÉRIES LIMITADAS

Edições de 5 exemplares + prova de artista
Impressão pigmentada sobre papel Fineart 100% algodão

Marrakech, 2012
70 x 105 cm

Cais Palafítico, 2020
70 x 105 cm

Comporta, 2021
70 x 105 cm

Cascais, 2018
70 x 105 cm

Luang Prabang, 2011
105 x 70 cm

Gerês, 2020
105 x 70 cm

Algarve, 2022
105 x 70 cm

(esgotado) mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Sri Lanka, 2023
105 x 70 cm

MADRID, 2020
70 x 105 cm

ALGARVE, 2023
70 x 105 cm

CASCAIS, 2020
70 x 105 cm

LISBOA, 2022
70 x 105 cm

COMPORTA, 2022
120 x 80 cm

CAIS PALAFÍTICO, 2021
120 x 80 cm

HAMBURGO, 2016
120 x 80 cm

PORTO, 2022
120 x 80 cm

LISBOA, 2018
80 x 120 cm

MYANMAR, 2002
80 x 120 cm

TROIA, 2022
80 x 120 cm

CAIS PALAFÍTICO, 2021
120 x 80 cm

ANTUÉRPIA, 2014
120 x 80 cm

Madrid, 2011
105 x 70 cm

Alentejo, 2012
105 x 70 cm

COMPORTA, 2023
70 x 105 cm

MADRID, 2020
70 x 105 cm

LISBOA, 2024
70 x 105 cm

CIDADE DO MÉXICO, 2023
70 x 105 cm

DEOGARH, 2007
90 x 60 cm

RIO DE JANEIRO, 2024
90 x 60 cm

DEOGARH, 2007
90 x 60 cm

LONDRES, 2024
90 x 60 cm

MARRAKECH, 2012
70 x 105 cm

LISBOA, 2022
70 x 105 cm

CASCAIS, 2018
120 x 80 cm

LISBOA, 2014
120 x 80 cm

HANOI, 2011
105 x 70 cm

ALGARVE, 2017
105 x 70 cm

DEOGARH, 2007
90 x 60 cm

AMESTERDÃO, 2022
90 x 60 cm

CASCAIS, 2017
80 x 120 cm

HACIENDA DE SAN ANTONIO, 2019
70 x 105 cm

Texto de Carlos Moedas
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Num dos seus mais conhecidos romances, Isabel Allende escreve que “as fotografias enganam o tempo”. Acrescentaria que suspendem o tempo – mas não fazem apenas isso. O talento do fotógrafo transforma também a própria ideia de espaço: congela-o, num primeiro momento, e abre-o depois a um novo horizonte de possibilidades cujo único limite é o nosso olhar.

É precisamente isso que vemos em Evelyn Kahn e no seu repertório fotográfico, que tão bem refletido está nesta sua nova exposição. Nela cruzam-se elementos aparentemente improváveis: rostos que nos fitam, pessoas no seu quotidiano mais variado, momentos únicos que se imortalizam, cores e texturas que se chocam. Cruzam-se lugares, cidades, paisagens. Estamos habituados ao estilo cativante da Evelyn, que tantas vezes nos transporta para outros tipos de arte – para a pintura, desde logo – e aqui encontramos o cruzamento dos mundos que a sua lente capta.

Como mestre da arte fotográfica, a sensibilidade de Evelyn suspende e transforma as dimensões do tempo e do espaço. Ultrapassa o tempo e transforma o espaço. E aqui podemos vê-la no seu melhor, nas suas várias expressões e formas. Em suma, temos a oportunidade de redescobrir todo o seu talento – talento que nos interpela, que nos toca, que nos fala sem filtros.

CARLOS MOEDAS
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Texto de Rita Lougares – curadora

Através da sua obra, Evelyn Kahn explora os elementos do acaso e o jogo entre realismo e abstração. Nas suas fotografias, sobretudo nas mais abstratas, reinterpreta a realidade de acordo com a sua subjetividade e enorme sentido estético. Para esta exposição, foram selecionadas 41 fotografias, tiradas em tempos e lugares diferentes. Organizando-se em pares nem sempre evidentes, a seleção obedeceu a uma estética e uma poética muito próprias da artista.

Algumas das fotografias de Evelyn confundem-se facilmente com pinturas, pela forma notável como obtém uma particularidade persuasiva em todas as texturas específicas do espaço que são trazidas à superfície. Raciocinando a imagem fotográfica como um desenho, utiliza livremente linhas, formas, texturas e cores – elementos intrinsecamente ligados à nossa vida. Assim, convida-nos a perscrutar os detalhes, orientando o nosso olhar para segundos planos com o propósito de nos mostrar a grandeza do pequeno. Como um pintor cria a sua obra, também Evelyn se expressa de forma criativa por meio da câmara, trabalhando a luz, a cor e a sombra, e explorando esse jogo cromático criando imagens improváveis, que impressionam pela sua beleza visual.

Espero que, neste mundo de grandes incertezas em que vivemos, esta exposição nos transporte para lugares mágicos e nos convoque para um momento especial, em que possamos reunir os fragmentos enigmáticos e poéticos que Evelyn brilhantemente nos vai deixando. Captando as suas nuances, podemos experienciar as diferentes sensações que as suas obras provocam para nos deixarmos surpreender e olharmos a arte como uma afirmação humana.

Rita Lougares
curadora

Personalidades escrevem sobre “ImProvável”

A escolha do título, “ImProvável”, foi uma oportunidade para aprofundar o conceito da exposição. Personalidades das mais diversas áreas foram desafiadas a escrever sobre o tema e o seu contributo acrescentou uma camada extra às imagens, desafiando a nossa reflexão sobre a improbabilidade.

A obra de Evelyn Kahn transporta-nos para um universo onírico onde a paleta das cores nas suas múltiplas variantes e a diversidade das texturas, das formas, dos lugares e dos rostos nos acompanham nesta viagem “ImProvável” entre o real e o imaginário.
A Fundação e o Museu Medeiros e Almeida apresentam com o maior gosto uma seleção das obras da Artista e convidam os nossos Visitantes a participar nesta viagem “ImProvável”.

Simonetta Luz Afonso
Membro do Conselho Administrativo
da Fundação Medeiros e Almeida

O improvável é a prova de que, felizmente, continuamos a conseguir surpreender-nos, e aprender, com o que não conseguimos prever.

Francisco Pinto Balsemão
jornalista, político e empresário

O improvável revela a subjetividade do nosso julgamento, pois o que para uns é incerteza e medo, para outros é certeza e conforto. Quando alguns preferem não ver, outros veem como uma oportunidade à espera de ser descoberta.

José Avillez
chef

Evelyn Kahn, uma irreverência no mundo da fotografia. A sua perspectiva traz-nos imagens de talento, imaginação e um rigor improvável…
“Le beau est toujours bizarre” como diria o Poeta.

Graça Viterbo
designer de interiores

O mundo é infinito. Rico, diverso, complexo. É tão vasto que, por vezes é indecifrável. O olhar de outros, artístico, poético, criativo. É uma janela sobre o mundo, é abertura.

A beleza das coisas é muitas vezes percebida pela revelação dada pelas escolhas de outros. Alerta para partes da realidade que não tínhamos consciencializado.

A escolha, o enquadramento, o estabelecimento de relações entre realidades por uma visão de alguém, constroem possibilidades de reflexão, descobertas e maravilhamento para os outros.

Manuel Aires Mateus
arquiteto

A improbabilidade do paralelismo entre as fotografias revela como cenas aparentemente desconexas podem refletir facetas de uma mesma realidade inesperada.

Maria José Rego de Sousa
médica e administradora do Grupo Germano de Sousa

“You may say I’m a dreamer, but I’m not the only one”
(…) John Lennon e Yoko Ono viveram uma história de amor num mundo de improbabilidades. Era pouco provável que hoje escrevesse sobre eles, mas uma canção apanhou-me desprevenida.

Inês Meneses
comunicadora

O improvável não existe
se formos sempre onde o
nosso coração nos quer levar.
O impossível torna-se possível
e o improvável abre-se como
uma luz inesperada neste breve sonho
que é a vida.

Filipe La Féria
dramaturgista e encenador